Tenho em mente, e é só isso o que quero dizer sobre o livro, a cena em que o protagonista, Juan María Brausen diante do fim do amor, remonta a reação conformada de todos os seus antepassados diante de circunstâncias semelhantes, a natural condescendência nossa com o inevitável de cada dia. Antes da minha paráfrase fuleira se estender, fiquem com a transcrição do trecho:
"... habituei-me a imitar centenas de Brausenes jacentes e desinteressados, colocando a nuca, com respeitosa confiança, no mesmo lugar em que a deles havia estado, acomodando minha estatura às alheias e familiares, sorrindo apenas ao repetir com meus lábios a forma das tranqüilizantes e, por fim, ineficazes negativas inventadas para defender-se da existência e da morte pelos Juan, os Pedro, os Antonio Brausen que me precederam." (Tradução de Josely Baptista)
Até breve, viajante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário